Um só clique e a sua ‘curtição’ é compartilhada no Facebook
CURTINDO A VIDA ADOIDADO
É o gesto mínimo. O polegar levantado, os outros dedos fechados.
Feito o sinal, não sobram dúvidas – o joinha, em toda a sua simplicidade, vira a partícula elementar da autopublicação.
Uma das grandes discussões no início da chamada web 2.0 era se, no futuro, qualquer um seria produtor de conteúdo. Mas poucos se dispõem a participar da internet de forma ativa.
Assim, aquele que não tem Twitter, nem blog, nem Tumblr, que não sobe vídeos no YouTube e não recomenda leituras no Google Reader, ele não publica nada.
É um mero leitor passivo, acompanhando a era da autopublicação do lado de fora.
Até o Facebook
A rede social reduziu a autopublicação a sua unidade mais básica, o que une Twitter, YouTube, Flickr e Tumblr. Todos terminam no botão “publicar”.
O feice concentrou-se apenas neste gesto, o mínimo de interação possível entre homem e máquina, o clique no mouse que ativa um link.
E transformou o botão de publicar em um ato amigável, próprio de uma rede de “amigos”. Assim nascia o botão “curtir”.
Pegou. Primeiro, o botão era restrito às publicações dentro do feice. Alguém indica um link e, em vez de escrever “legal” no comentário, basta apertar o polegar pra cima.
A grande sacada de Mark Zuckerberg foi despregar o botão de sua rede – espalhando-o por toda a internet, hoje coalhada pelos joinhas.
Isso aumentou o tráfego de dados dentro da rede e fora dela – quase todos os sites que incluíram a função em sua programação tiveram representativos aumentos de audiência.
Mas o domínio da curtição está só em seus primeiros dias. A novidade desta semana foi a transformação de outro botão, o “Compartilhar” que está prestes a virar apenas “Curtir”.
E quando você curte alguma coisa fora do Facebook ela é automaticamente postada no seu mural, abrindo inclusive a possibilidade de comentários – coisa que o Curtir atual não permite.
Com isso, ninguém mais curte em silêncio. Basta clicar no botão e a curtição é dividida com amigos automaticamente. Alguma dúvida de que isso aumentará ainda mais a audiência de sites, fora a do próprio Feice?
Como curtir
É uma ideia quase besta de tão simples, que aproveita da quase passividade de quem está navegando para torná-lo agente ativo do grande jogo que é a internet hoje. Mas é preciso saber curtir.
Pega mal curtir o que você publicou. Também não é legal ser serial liker e sair curtindo tudo por aí. É preciso dar valor a seu joinha.
Curtir notícia ruim é esquisito. Curtir quando alguém muda o status de casado para solteiro, então, é grosseria pura.
São apenas algumas dicas desta etiqueta virtual que estamos aprendendo a usar. E curtir.
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* Remix de matéria de Alexandre Matias e Heloísa Lupinacci publicada no blog Link