Vacina bloqueia efeitos da metanfetamina no cérebro de viciados

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Uma vacina para bloquear os efeitos da metanfetamina no cérebro de viciados foi descoberta pelos cientistas do Instituto de Pesquisa Scripps, na Califórnia.

Testes em ratos demonstraram que a vacina impede que eles sejam afetados pela droga, que é consumida por 25 milhões de pessoas no mundo todo.

Caso ela funcione bem com humanos, como se espera, será a primeira vacina específica para o vício em metanfetamina, segundo informações do jornal Biological Psychiatry.

O professor Michael Taffe, do TRSI, disse: “Esse estudo está em seus estágios iniciais, mas seus resultados são comparáveis àqueles de outras vacinas contra drogas que foram para os ensaios clínicos”.

A popularidade da metanfetamina decolou nos últimos 20 anos. O entorpecente é particularmente viciante e com efeito devastador sobre o organismo humano.

De fato, a meth se tornou uma das drogas mais comumente usadas e abusadas em todo o mundo. Mas desenvolver vacinas eficazes mostrou-se um problema até agora.

Vício em drogas

Assim como as vacinas tradicionais invocam respostas dos anticorpos contra os vírus e bactérias, anticorpos antidrogas devem “agarrar” as moléculas das drogas e evitar que entrem no cérebro – zerando as chances do usuário sentir seus efeitos e anulando o estímulo a consumir a droga.

Há dois anos, o pesquisador Kim Jands e seus colegas desenvolveram seis possíveis vacinas para a metanfetamina, incluindo a MH6, que bloqueou os efeitos da droga.

Para o novo estudo, eles observaram a MH6 com mais atenção, descobrindo que ela impede um aumento na temperatura corporal e na hiperatividade que ocorre após o consumo da droga.

Submeter esses efeitos promissores em medições comportamentais foi uma resposta robusta dos anticorpos, que em ratos vacinados manteve mais da droga na corrente sanguínea e fora do sistema nervoso, comparado aos ratos-controle.

“Esses são resultados encorajadores que nós gostaríamos de acompanhar com outros testes em animais, e, esperamos, em testes clínicos em humanos um dia”, disse a copesquisadora Michelle Miller.

Dr. Janda disse ainda: “A vacina tem as características certas para que se desenvolva ainda mais. Ela certamente funciona melhor que as outras vacinas ativas para metanfetamina relatadas até o momento”.

Vacinas contra a nicotina e a cocaína já estão em ensaios clínicos.

Com Jornal Ciência

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