Veja: chuvas inundam manipulação da opinião pública
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À esquerda, capa da edição nº 2151 (10/02/2010): desculpas para justificar os alagões de São Paulo e livrar a cara do prefeito e do ex-governador.
À direita, capa da edição nº 2160 (14/04/2010): contradição explícita para atacar políticos que integram partidos da base aliada do governo federal.
Cortada a partir da bela levantada de bola do Onipresente.
Até nas escolas de 1º grau as crianças bem sabem do que se tratou: entre dezembro e março formava-se quase diariamente (sempre à mesma hora) uma espécie de ciclone extratropical permanente, posicionado (quase imóvel) no Atlântico, na altura da costa paulista. As imagens de satélite do Inpe e Climatempo eram precisas.
O que o danado do fenômeno meteorológico fazia? “Sugava” as frentes frias que vinham do sul, a umidade da Amazônia e a evaporação do oceano. Quando tudo isso juntava, despejava feito ventilador uma baita chuvarada pra todo lado, inclusive no continente.
Com o fim do verão ele, ciclone, começou a se movimentar ao norte, a “subir” em direção à linha do equador, fazendo estragos por onde passou. Foi assim no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Sergipe e etc. Agora, parece, já está enfraquecido para tomar força na altura do Caribe quando se juntar aos furacões da região. A temporada de desastres por lá vai começar em breve. Ponto.
Agora, onde era plano, tivemos alagamentos. Onde havia encostas, escorregamentos. Num caso como no outro, não há autoridade mais ou menos culpada que a outra. TODAS têm igualmente as suas responsabilidades com as tragédias, seja por não dragar rios ou permitir construções em áreas de risco, etc, etc e etc.
Conclusão, as capas da Veja só servem mesmo para mistificar a realidade e botar discurso na boca de quem for um completo ignorante (no sentido de ignorar, não possuir aparelhagem mental nem a mínima capacidade de interpretar fatos verdadeiros). Que é o caso de quem lê tal tipo de publicação.
Até porque nós, leitores, comentaristas ou autores – aqui na blogosfera séria e independente – já estamos imunizados contra o risco de contaminações pelo “chorume” gerado por todo esse lixo midiático. Expostos ao contágio apenas aqueles mais “prejudicados” mentalmente e, portanto, mais suscetíveis às inoculações do PIG – o Partido da Imprensa Golpista.
Mas se continuarmos com esse trabalho, Nivia, poderemos até nos transformar num ótimo antídoto e não deixar que a histeria (estimulada) torne-se pandêmica.
É por essas e outras que o PiG está naufragando nas vendas. Hoje, na banca de jornais perto de casa, quase horário do almoço, tinha pilhas de Globos e Vejas. O jornaleiro disse que estava tudo encalhado. Quer dizer, o povo não embarca mais nessas canoas furadas. Já sabe que pode ir a pique junto.