A estratégia nazista da mídia para baixar o astral do brasileiro
GLOBO E UMA MENTIRA CONTADA MIL VEZES
O motor da sucessão de tumultos que assola o Brasil desde o ano passado é a desinformação. Pior do que a mentira é a meia-verdade, processo pelo qual a mídia contribui para a construção do mau humor coletivo que se espalha de forma avassaladora pela sociedade.
O processo é clássico e seu exemplo maior é a estratégia de comunicação que o nazista Joseph Goebbels desenvolveu na Alemanha nos anos 1930 e que em uma década fez com que a insanidade de um pequeno grupo de fanáticos contaminasse o país.
No entanto, é preciso fazer uma retificação importante no paradigma central da propaganda nazista: a frase segundo a qual “uma mentira contada mil vezes torna-se verdade” ganha contemporaneidade se dissermos que “uma meia-verdade repetida duas vezes torna-se verdade”.
DERRUBANDO A AUTOESTIMA
Se o leitor afeto à visão crítica dos acontecimentos fizer uma visita ao noticiário dos últimos doze meses, vai observar que o estado de espírito negativo que contamina o Brasil não decorre de um efeito colateral do noticiário: é o propósito central da atividade da imprensa hegemônica.
O observador pode estar sob influência de teorias conspiratórias, mas a leitura dos jornais nesse período indica claramente o desenvolvimento de uma campanha com objetivo de destruir a autoestima dos brasileiros.
Uma fonte qualificada de um dos maiores jornais brasileiros, em posição de mando na área comercial, ouviu uma queixa surpreendente: a agenda negativa está prejudicando o próprio jornal, ao produzir um estado de pessimismo que desestimula os anunciantes.
Ou seja, o jornalismo praticado nas redações é nocivo ao negócio jornal. Não seria a primeira vez que a imprensa, como sistema corporativo, estaria agindo contra seus próprios interesses de longo prazo.
TÁTICA DA DESINFORMAÇÃO
Se a direção dos jornais considera apropriado cultivar uma crise social, com grandes riscos de detonar no rastro dela uma crise econômica, é porque entende que, se a tática for bem sucedida, haverá um ganho para o negócio no futuro próximo, com uma mudança radical no modelo econômico.
Fora dessa possibilidade, resta a alternativa de pensar que a imprensa enlouqueceu.
Ora, atuar de forma nociva contra o modelo que ampliou o mercado interno e deu alento ao mercado publicitário só pode ser entendido como uma forma de suicídio, como apontou o executivo citado acima.
A disputa eleitoral em curso é considerada pela imprensa hegemônica do Brasil como “a mãe de todas as batalhas”, porque dela pode brotar o presidente ideal para os padrões das grandes empresas de comunicação – Aécio, o neoliberal, é claro.
A IMPRENSA LOBISTA
Mesmo que isso signifique reverter o avanço das conquistas sociais que se iniciaram com a estabilização da moeda, em 1994, e se consolidaram com as políticas oficiais de distribuição de renda, os jornais insistem nesse processo.
A imprensa, como sistema corporativo, já não faz jornalismo. Faz uma política menor, característica dos lobbies, exatamente igual à prática do “é dando que se recebe”, celebrizada pelo falecido deputado Roberto Cardoso Alves e formalmente condenada pela própria imprensa.
Quando o sistema da comunicação abandona o pressuposto da objetividade para atuar como lobby, mesmo às custas de suas necessidades e interesses de longo prazo, pode-se dizer que houve uma ruptura entre jornalismo e imprensa.
O núcleo tático desse procedimento é a imposição de meias-verdades, que produzem a desinformação geral; a desinformação estimula protestos, crises, decisões equivocadas de investidores, e − o mais grave − descrença no sistema democrático, como aconteceu na Alemanha nazista.
Por Luciano Martins Costa
Esse fenômeno pode ser bem constatado no filme alemão “A Onda”, onde um professor de filosofia faz um experimento social com seus alunos dividindo-os em 2 grupos sendo um deles pró fascista. O resto eu não conto mas o desenrolar é eletrizante e o desfecho chocante. Dizem que o fato ocorreu realmente e é uma boa aula de como a manipulação ideológica pode nos levar à loucura da forma mais espontânea e natural possível.
A Rede Goebbels, como eu costumo chamá-la, é, a meu ver, a Bastilha Brasileira. No dia em que esta cafagestada cair começa nossa revolução rumo ao republicanismo e à cidadania plena. Se Dilma for reeleita a briga vai ser grande porque é uma batalha prometida a lei da mídia e a guerra contra os monopólios, o fim das alianças políticas Frankenstein e a convocação de uma constituinte para reformar a Constituição.
Será a pá de cal nas aspirações do neoliberalismo tupiniquim e o enterro de vários partidos de extrema direita pois ficará claro que o povo terá feito uma opção pela via da consolidação democrática e pelo fim dos privilégios que nos assolam desde o tempo das sesmarias. Alie-se aos fatores internos da eleição as questões internacionais envolvendo o BRICS que cada vez mais se fortalece frente ao cambaleante grupo formado pela UE e os EUA.
Uma nova aliança entre os BRICS está para sair em Julho, depois da Copa, quando o grupo se reunir em Fortaleza. Serão discutidos o fim da utilização do dólar americano como moeda de troca nos negócios do grupo e a criação de uma moeda própria bem como novos acordos comerciais com o recém formado grupo sino-russo que já tem vários interessados Asiáticos em se unir a este novíssimo bloco de livre comércio.
E o Brasil está alinhadíssimo nesta direção e foi esta política externa que nos salvou de afundarmos na lama da crise econômica de 2008. Tudo isto junto, se posto em prática, representará o fim das rédeas que sempre nos atrelaram ao tio Sam e seus prepostos quinta colunas do tipo Olavete Yonara, que lá dos EUA fica elaborando suas pérolas “filosóficas” para os neo-fascistas da geração marsupial sub-equatoriana.