Abstenção eleitoral assusta mais que o “fantasma verde”
Nem o crescimento de Marina Silva no dia da eleição presidencial foi tão grande, nem os institutos de pesquisa erraram por não determinar com clareza que haveria segundo turno, afirma o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes. Para ele, a abstenção mais alta nas regiões Norte e Nordeste em comparação com outros locais é que provocou as discrepâncias entre o que previram as pesquisas – inclusive a de boca de urna – e o resultado final.
– O “efeito marina” é muito menor do que se supõe. Foi algo localizado em grandes capitais como Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, mas não influiu em mais que 2% nos resultados de Dilma Rousseff. (…)
Como explicar, então, a diferença das previsões em relação à Dilma, líder nas pesquisas? Guedes afirma que está concluindo um estudo a respeito, mas aponta a abstenção maior no Nordeste e Norte como o fator determinante.
Segundo os cálculos de Guedes, a abstenção somada a votos brancos e nulos no Nordeste foi igual a 29,34% dos eleitores da região. O Norte teve abstenção de 25,03 enquanto a média brasileira foi de 25,19% e no Sul foi de 21,13%. Isso prejudicaria Dilma, uma vez que ela tem uma porcentagem maior de votos entre os eleitores nordestinos. (…)
Matéria completa no Terra Magazine