Brasil se transforma em exportador de tecnologias sociais
ENSINANDO COMO ACABAR COM A MISÉRIA
O Brasil não exporta mais apenas produtos agrícolas, minerais e alguma coisa de industrializados. Nos últimos 10 anos, principalmente, o país tornou-se um importante exportador de tecnologias sociais para reduzir a fome e a miséria no mundo.
Os países africanos foram os que mais enviaram representantes ao Brasil com o objetivo de conhecer os programas sociais do governo, aprender a implementá-los e como avaliar a eficácia dessas ações, com base na bem sucedida experiência brasileira.
Em 2012, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) recebeu delegações de 58 países, sendo que 22 delas da África. Do continente americano veio o segundo maior contingente, com representantes de 18 países.
REFERÊNCIA MUNDIAL
“O Brasil hoje é referência em tecnologias e políticas sociais por termos conseguido desenvolver políticas que conseguem ter larga escala e amplitude. Chegamos a milhões de brasileiros, por construir políticas simples”, disse hoje (25) a ministra Tereza Campello, que participou do seminário Plano Brasil sem Miséria: panorama geral e programas sociais.
Entre as políticas sociais que mais despertam o interesse dos estrangeiros estão o Cadastro Único, que identifica e caracteriza as famílias de baixa renda, e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que garante a segurança alimentar e fortalece a agricultura familiar.
Segundo a ministra, até mesmo países desenvolvidos têm vindo conhecer o Cadastro Único. O programa da merenda escolar, que compra itens da agricultura familiar para fortalecer o segmento, também atrai muita atenção.
O interesse dos africanos nas ações brasileiras já resultou no PAA África implementado na Etiópia, Malauí, Moçambique, Níger e Senegal.
OS NOVOS DESAFIOS
Com a crescente demanda de países para conhecer os programas sociais brasileiros, o MDS passou a fazer seminários ao longo do ano para atender as delegações conjuntamente. Em 2012, foram cinco seminários.
A ministra Tereza Campello destacou que o grande desafio para o Brasil e os demais países é fazer as políticas sociais chegarem aos que precisam.
“O mais difícil é levar a política pública a quem mais precisa, isso porque é mais longe, é mais caro, é menos acessível, porque é nessas regiões que temos mais dificuldade de controlar nossos convênios, de ter recursos humanos de qualidade. Esse é o nosso grande desafio”, disse.
Com Agência Brasil