Crianças vão participar do maior encontro de hackers do mundo
PROTO-HACKERS INFANTIS
Crianças com interesse em computadores e aparelhos eletrônicos estão sendo convidadas para um evento nos EUA para aprender que ser um hacker é “legal” — desde que não roubem informações nem cometam fraudes ou outros crimes. No futuro poderão ser recrutados pelo FBI ou pela CIA.
Crianças com interesse em computadores e aparelhos eletrônicos estão sendo convidadas para um evento nos EUA para aprender que ser um hacker é legal — desde que não roubem informações nem cometam fraudes ou outros crimes.
A primeira edição da conferência Defcon Kids, que será realizada no mês de agosto, é uma chance para crianças entre oito e 16 anos aprenderem as habilidades de hackers, assim como se protegerem de ciberataques.
Será também uma oportunidade para que agentes federais estadunidenses descubram jovens experientes em tecnologia que possam formar a próxima geração de combatentes de crimes digitais.
Há tempos que a polícia, agentes de inteligência, autoridades militares e consultores têm comparecido e recrutado jovens na Defcon, maior encontro de hackers do mundo, realizado em Las Vegas todo verão (do hemisfério norte).
Neste ano, os organizadores da Defcon realizarão o Defcon Kids em 6 e 7 de agosto junto com a conferência principal, lutando contra um cenário de ataques de alto nível sobre alvos como o Google e o FMI (Fundo Monetário Internacional).
As crianças precisam se registrar no site www.defconkids.org para participar de algumas atividades.
Uma das metas do Defcon Kids é convencer crianças de oito a 16 anos de que é legal ser um “white hat”, ou um hacker benevolente que usa habilidades de computação para combater o crime.
Os “black hats”, de forma oposta, trabalham no lado negro da internet, usando suas habilidades para roubar dinheiro e identidades e praticar outras ações ilegais.
“Ser um hacker não tem a ver apenas com diversão e jogos. Não tem a ver com invadir sistemas”, disse um garoto de 16 anos que usa o apelido de FS. Ele vai ensinar as crianças no Defcon Kids a se protegerem contra espiões da internet que buscam dados privados em redes sem fio.
“Tem a ver com proteger a si mesmo e as pessoas ao seu redor”, disse FS, que é pago por companhias para testar a invasão a redes de computadores a fim de descobrir vulnerabilidades.
Alguns hackers de renome mundial se apresentam como voluntários da Defcon Kids, para dar aulas sobre programação básica de computadores e como solucionar quebra-cabeças.
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