Estados Unidos consideram invasão hacker ‘ato de guerra’ militar
ATAQUE ONLINE EQUIVALE A GUERRA CONVENCIONAL
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos concluiu que a sabotagem em computadores praticada por outro país pode constituir um ato de guerra.
A decisão, pela primeira vez, abre uma brecha para que os estadunidenses respondam com a sua tradicional linguagem do porrete: o uso da força bruta militar.
A primeira ciber-estratégia formal do Pentágono representa uma tentativa recente de lidar com um mundo em mudanças, no qual um hacker hostil pode representar uma ameaça significativa aos reatores nucleares, metrôs e oleodutos norte-americanos.
De certa maneira, o Departamento de Defesa pretende que seu plano seja uma advertência a potenciais adversários das consequências de atacar os EUA dessa forma.
“Caso pare de funcionar nosso sistema de poder”, disse uma autoridade militar, “talvez possamos enfiar um míssil por suas chaminés abaixo.”
Recentes ataques aos próprios sistemas do Pentágono – bem como a sabotagem do programa nuclear do Irã através do vírus Stuxnet – proporcionaram uma nova urgência aos esforços norte-americanos de desenvolver uma abordagem mais formal aos ciber-ataques.
Um momento crucial ocorreu em 2008, quando pelo menos um dos sistemas de computadores militares dos EUA foi penetrado.
Neste fim de semana, a Lockheed Martin, uma das principais empreiteiras militares, reconheceu que havia sido vítima de uma infiltração quando tentava controlar seu impacto.
O relatório do Pentágono também deflagrará um debate sobre um leque de questões delicadas até hoje não questionadas.
Entre elas, a dúvida sobre como os norte-americanos poderão ter absoluta certeza sobre a origem de um ataque e como definir quando a sabotagem a um computador é suficientemente séria para constituir um ato de guerra.
* A matéria completa do Wall Street Journal (muito boa) pode ser lida no Observatório da Imprensa
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