SIGNIFICADO DO CRÂNIO NA MODA, ARTE E CULTURA

De tempos em tempos comenta-se que as caveiras entraram em moda. Bobagem, desde tempos imemoriais elas sempre estiveram em alta, nos complementos dos vestuários, na arte, arquitetura e cultura em geral.

Todo designer, estilista ou fashionista conhece o truque: faltou imaginação, lance um produto sinistro, irado, como estas fivelas de pewter para cintos com pilhas de crânios que o sucesso da coleção estará garantido.

Se, na atualidade, a iconografia esquelética não é mais exclusiva de motoqueiros, roqueiros e outras tribos urbanas, o fato é que não assusta ninguém e caiu definitivamente na graça do público consumidor.

Todos têm a compreensão de que a caveira é um símbolo antigo que representa a mudança. Mais especificamente, uma grande mudança na vida, associada com a morte, que é a maior mudança de todas.

Não é exagero dizer que, por isto, a caveira significa transformação, um novo ciclo. Em diversas culturas ao redor do mundo também significa poder, força ou um símbolo de invencibilidade ou perigo.

Mostra que estamos aqui de passagem, em caráter transitório por este planeta, que todos somos iguais por dentro, não temos cor, sexo, classe social ou preferências. Depois da morte física todos somos iguais.

Símbolo da transcendência ritualística, seria uma espécie de porta de entrada para os reinos mais elevados de entendimento, alcançado somente através da morte e do renascimento espiritual.

Na cabala hermética, o crânio está relacionado com Chi-Rho, simbolizando tempo, morte e renascimento. Os alquimistas utilizam este símbolo como um emblema do recipiente de transmutação.

E, por fim, talvez a caveira mais famosa de todas seja a da cena de Hamlet, que se tornou um ícone do teatro universal, das obras de Shakespeare e, também, da finitude humana e da contemplação da própria morte.

Clique nas imagens para ver originais e nos links destacados no texto para saber mais.