Por que a PM de São Paulo cumpre ordens de atacar o povo?

Governador Geraldo Alckmin

SADISMO E LAVAGEM CEREBRAL

O Chefe de Redação

O Julgamento de Nuremberg foi um Tribunal formado após o fim da II Guerra Mundial, com o objetivo de punir os crimes hediondos cometidos pelos chefes e comandantes da Alemanha nazista, que feriram todas as normas do Direito Internacional. As várias acusações foram classificadas em quatro modalidades principais, sendo que cada réu respondeu por um ou mais delitos: conspiração e atos deliberados de agressão; crimes de guerra; crimes contra a paz; e crimes contra a humanidade.

PINHEIRINHO E O ‘PREÇO’ DA CONSCIÊNCIA MORAL

por JB Costa *

Os nazistas, para quem não sabe, eram ultra-organizados: todas as suas ações eram planejadas nos mínimos detalhes: desde a minuciosa pesquisa para saber dos ancestrais arianos dos candidatos às SS, ao fardamento negro impecável e suas reluzentes insígnias que ostentavam com orgulho. Até o corte de cabelo e das unhas era preconizado em regulamentos.

Quando o exército alemão invadiu e ocupou a Europa Oriental, os chamados “Grupos de Ação” (Einsatzgruppen) o seguiam para promover o que chamavam de “limpeza”, ou seja, eliminação de todos os indesejáveis (judeus, ciganos e comissários esquerdistas, principalmente), tarefa preparada com meses de antecedência.

Quando chegavam em uma comunidade já sabiam quantos judeus lá habitavam e o que faziam.

Como esses “Grupos de Ação” não deram cabo do “serviço”, apesar dos assassinatos de mais de um milhão de judeus e eslavos, os metódicos nazistas recorreram aos fatídicos Campos de Concentração onde, de forma organizada e ordeira, exterminaram mais de três milhões de pessoas. Tudo claro, sob o amparo de ordens e regulamentos e em impecável sintonia com aquela ideologia.

As chamadas fábricas da morte nada deviam em termos de funcionalidade a qualquer empresa moderna.

Mas quem eram, qual a motivação dos homens (e mulheres) executores desses crimes lesa-humanidade?

Abaixo, transcrição de parte do interrogatório de um dos mais ferozes comandantes do Einsatgruppen  —  Otto Ohlendorf —  cuja profissão original era professor e advogado antes do oficialato nas SS, no julgamento de Nuremberg:

Ohlendorf: “Sr. Promotor… Eu considerava errada a ordem de matar os indesejáveis, mas estava sob coação militar e a levei a cabo… sabendo que essas providências eram medidas de emergência, de autodefesa. Mesmo agora, considero que a ordem, em si, era errada, mas não me cabia examinar se ela era moral, porque um líder tem de responsabilizar-se pelos cumprimento das ordens. Não posso examinar e não posso julgar; não tenho esse direito”.

Promotor: “Você entregou a sua consciência moral a Hitler, não foi?”

Ohlendorf: “Não. Mas entreguei a minha condição de soldado, uma peça relativamente desimportante na engrenagem de uma grande máquina. E o que fiz ali é o mesmo que se faz em qualquer outro exército. Como soldado, recebi uma ordem e, a ela, obedeci como soldado”.

Promotor: “Você se recusa a expressar um julgamento moral?”

Ohlendorf: “Sim”.

Cada um que tire as conclusões e faça as suas ilações.

Polícia Militar ataca Pinheirinho

* No Luis Nassif

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