Por que acontecem tantos terremotos e tsunamis na Terra?


TÃO TORTA QUANTO UM CAROÇO DE ABACATE

Do blog ECOnsciência

O globo terrestre giratório que ficamos habituados a ver, perfeitamente liso e redondo, sobre a mesa do professor durante as aulas de geografia não passa de uma mera fantasia.

Para efeitos de comparação, um ser descomunal teria dificuldade numa tacada para acertar o nosso planeta na caçapa, caso fosse utilizado como bola num hipotético jogo de sinuca.

Isto porque a Terra chega a ser tão torta quanto um caroço de abacate, o que demonstraria uma certa pressa do Criador em terminar o serviço em apenas seis dias antes de descansar.

Compreende-se. Afinal, Ele ainda tinha de criar cerca de 200 bilhões de galáxias, cada uma com o equivalente a também 200 bilhões de sóis ou estrelas, sem contar os seus planetas.

Formato real do globo terrestre

GEOIDE TERRESTRE

A forma irregular girando no espaço a uma velocidade estonteante de 1.674 km/h explica, em parte, a dinâmica dos coices sísmicos que este corpo celeste desfere com regularidade contra a sua própria superfície.

A animação acima, divulgada nesta quinta-feira, 31, pela Agência Espacial Européia (ESA, na sigla em inglês), mostra pela primeira vez a variação da força da gravidade na Terra e como ela deforma a esfera planetária.

O modelo vai auxiliar na melhor compreensão sobre o comportamento do planeta, suas marés, e — tomara! — ajudar a prever fenômenos como terremotos, tsunamis e vulcões.

Os dados foram obtidos pelo satélite GOCE, lançado em órbita há dois anos.

As cores mais frias, puxando para o azul, indicam onde a gravidade é mais fraca. As mais quentes, variando do vermelho ao amarelo, onde ela é mais forte.

As imagens mostram com detalhes o geoide terrestre — nome que os cientistas dão ao formato real do planeta — irregular e com a massa distribuída de maneira desigual.

ASSINATURAS GRAVITACIONAIS

No vídeo é possível também perceber detalhes do relevo, como a cordilheira dos Andes na América do Sul ou o formato dos continentes.

Os oceanos, por exemplo, estão retratados moldados apenas pela gravidade, sem a influência de correntes marítimas e marés. Segundo os cientistas, é uma referência essencial para medir a circulação de correntes, a mudança do nível do mar e da dinâmica do gelo, e das mudanças climáticas.

A melhor compreensão das variações do campo gravitacional vai levar também ao entendimento mais detalhado do interior da Terra, como a física e a dinâmica associada aos vulcões e terremotos, que marcam o campo gravitacional do planeta.

Estas “assinaturas” gravitacionais poderão ser usadas para o estudo dos processos que conduzem a estas catástrofes naturais e, finalmente, ajudar a prevê-las.

SATÉLITE

O satélite GOCE (sigla para Explorador de Circulação Oceânica e Campos de Gravidade) foi lançado em março de 2009. Ele contorna a Terra na menor órbita atualmente para um satélite em operação, e mapeia diferenças quase imperceptíveis na força que a massa do planeta exerce em todas as pessoas e objetos.

Fonte: Último Segundo, com agências e YouTube

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Blog ECOnsciência Inovadora

3 thoughts on “Por que acontecem tantos terremotos e tsunamis na Terra?

  • 30 de março de 2016 em 00:04
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    Estou sofrendo com essa revelação…. A forma grotesca da Terra… Gaia.. .. Mãe

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  • 7 de abril de 2011 em 17:04
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    Oi pessoal,

    Primeiramente, gostaria de parabenizar pelo blog! muito bom.

    Segundamente, hehehe, o video acima mostra apenas a anomalia gravitacional da terra, as áreas em vermelhos possuem uma maior gravidade e as em azul uma menor. O nosso planeta continua a ser esférico(Não completamente, é achatado nos polos).
    Pode-se pensar que eles pegaram a superfície terrestre e multiplicaram pela gravidade local para formar a imagem.

    Abraços

    Marcus Saraiva

    Ciência Tube
    cienciatube.blogspot.com
    cienciatube.com.br

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    • 7 de abril de 2011 em 18:13
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      Obrigado, Marcus, três vezes: primeiro, pela presença; segundo, pelo elogio; e, terceiro — e mais importante –, pela contribuição do esclarecimento.
      Tks & abs.

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