A matemática da Copa do Mundo de 2014 sem paixões políticas
QUEM GANHA E QUEM PERDE COM O EVENTO
A Copa do Mundo de 2014 vai gerar uma receita de 142 bilhões de reais adicionais para a economia brasileira. Como benefício adicional, o evento vai criar mais de 3 milhões e 600 mil empregos no Brasil.
Se a reforma e manutenção dos estádios de futebol recebeu dotações de R$ 4,6 bilhões, os veículos de mídia investiram muito mais – cerca de R$ 6,5 bilhões para as transmissões, segundo a Ernst & Young.
Os valores, mostra o estudo da consultoria, estão sendo distribuídos entre emissoras de rádio, televisão, jornais, revistas, agências de notícias, Internet e mercado publicitário.
Na opinião dos analistas, este será o setor mais beneficiado de todos, pois as marcas apresentadas durante as transmissões das partidas da Copa do Mundo terão ampla visibilidade mundial.
Todo este investimento em mídia alcançará o sucesso pretendido se for acompanhado por uma ampla melhoria no sistema de telecomunicações (telecom), em especial na banda larga, fundamental para a transmissão de dados.
Somente a instalação e operação da infraestrutura de TI vai absorver 309 milhões de reais, e o setor de telecom vai receber investimentos de 184,5 milhões até a Copa de 2014.
Esses recursos serão usados para a implantação dos centros internacionais de transmissão de dados e de mídia, fundamentais para a cobertura do evento.
Sobre as implicações políticas, recomendamos a análise equilibrada do blogueiro Miguel do Rosário, no post O grande perigo está de volta, em O Cafezinho. Um trecho:
“O mais surreal é que o movimento #naovaitercopa pede mais gastos em educação e saúde, mas o cancelamento da Copa provocaria um prejuízo enorme ao Estado, e portanto, forçaria cortes em educação e saúde.
Essa é a grande esquizofrenia coxinha, que se mistura ao marxismo enfumaçado de universitários, que têm planos de saúde e estudam em universidades públicas.
Dinheiro para Saúde e Educação não cai do céu. É fruto dos impostos. A arrecadação fiscal per capita no Brasil é ainda muito inferior à dos países desenvolvidos. Somos um país rico, mas um povo pobre.
A única maneira de aumentar a arrecadação é aumentar a atividade econômica. E aí entra a importância da Copa. Se ela atrai turistas, se gera novos negócios, gerará também mais atividade econômica, que por sua vez gerará impostos, que poderão ser usados em Saúde e Educação.
A Copa é importante, portanto, para gerar mais gastos em Educação e Saúde”.