Gelo do Ártico está derretendo mais rápido do que o esperado
O COLAPSO DO ÁRTICO
Do blog ECOnsciência
A banquisa ou calota do Ártico, a capa de oceano permanentemente congelado que recobre o polo Norte, está cada vez mais difícil de se encontrar durante o verão boreal, mesmo para quem navega a menos de nove graus de latitude do polo (que está a 90º Norte).
O gelo marinho, neste momento, está em sua segunda menor extensão já registrada: 5,56 milhões de km², medidos com o auxílio de satélites no dia 14 de agosto, apenas 220 mil km² acima da baixa recorde de 2007.
A lendária passagem Noroeste, que liga a Europa à Ásia através das ilhas do Ártico canadense — e que em 2007 ficou livre de gelo pela primeira vez –, abriu completamente seu braço norte (mais profundo e, portanto, mais seguro para a navegação) na semana passada.
O volume do gelo, porém, já é o mais baixo registrado na história. Em julho de 2011 o volume ficou 51% menor do que a média e 62% menor do que a máxima, estimada para 1979.
O volume é uma medida mais importante do que a extensão para prever o colapso do gelo no polo Norte. Isso porque ele informa não só a área de cobertura de gelo, mas sua espessura também.
O chamado gelo permanente (resultado de três ou mais anos de acúmulo) tem diminuído no polo, deixando gelo fino — e mais propenso a derreter — no seu lugar a cada inverno.
O IPCC estimou, em 2007, que, se o ritmo de degelo continuar, o polo Norte ficará totalmente descongelado no verão no fim do século.
Porém, desde então, o derretimento do gelo tem sido muito mais radical do que as previsões dos cientistas, o que levou alguns a estimarem que o polo poderia derreter por inteiro no verão já por volta de 2050.
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