O que todos deveriam saber sobre as relações entre Cuba e EUA
ATUAL ATIVIDADE ECONÔMICA E CULTURAL
A história nem sempre é como se parece e muito menos como é contada pelos jornais e televisões, que mais se prestam a reforçar preconceitos ideológicos.
É fato que existe um bloqueio econômico dos EUA e seus aliados a Cuba desde a época da Guerra Fria. Mas antes de repetir bobagens pela rede, saiba que:
Existe uma “embaixada” norte-americana funcionando sob a bandeira da Suíça, em Havana, no mesmo prédio da antiga representação diplomática dos EUA.
Nela trabalham 600 funcionários americanos e cubanos e seção semelhante do governo de Cuba opera em Washington nas instalações da República Tcheca.
Mesmo com relações protocolares rompidas e trocas públicas de acusações, intensas atividades ocorrem entre os dois países através de seus escritórios.
ANOMALIAS DIPLOMÁTICAS
Elas promovem, por exemplo, grande número de eventos, como concursos com prêmios, festivais de música, mostras de cinema e campeonatos esportivos.
Toda semana há videoconferências entre Universidades, cursos de Jornalismo, trocas de bolsas de estudo e a realização de seminários com palestrantes.
Essas representações anômalas para os padrões diplomáticos também emitem vistos e cuidam de assuntos individuais de americanos em Cuba e de cubanos nos EUA.
E não só: legalizam certidões, documentos de importação, regras sobre direitos autorais, questões de telecomunicações e remessas de dinheiro entre os dois países.
Ou seja, cuidam também do fluxo de comércio dos EUA para Cuba na área de alimentos e remédios – mais US$1 bilhão por ano – que estão fora do embargo.
TURISMO NA ILHA
O turismo de cidadãos norte-americanos em Cuba tem aumentado significativamente nos últimos anos. Tanto assim que hoje há 12 voos diários dos EUA para Cuba.
Partem não só de Miami mas também de Dallas e Atlanta e cubanos já podem viajar aos EUA sem pedir autorização ao governo cubano, porém com visto americano.
A recente unificação do câmbio, uma reforma importantíssima, é mais um passo na preparação para o fim do embargo e restabelecimento de relações normais.
No mundo pragmático dos negócios, a Ilha prepara-se para uma reconversão muito mais rápida do que a que aconteceu nas últimas três décadas com a China.
Para desgraça dos países caribenhos, como Jamaica e Bahamas, e por sua poderosa história cultural, Cuba irá drenar o turismo numa região com atrativos saturados.